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Supere as barreiras e internacionalize sua startup

Ao iniciar o processo de internacionalização de startups, é possível que os empreendedores encontrem algumas barreiras que os impeçam de ingressar em um novo mercado. Para ajudá-los a superar esses desafios, o StartOut Brasil conversou com o mentor do programa Fabio D´Novaes, que também é economista e Sócio da Born Global Partner, especializada em Gestão de Recursos. Confira abaixo a entrevista que fizemos com ele:

  1. Quais são as barreiras encontradas por startups que desejam se internacionalizar?

As startups, em geral, possuem um espectro limitado de informações e estratégias de negócios internacionais. As barreiras mais comuns e que impedem a elaboração e execução dessa estratégia são: ausência de monitoramento ativo dos mercados internacionais, falta de planejamento de longo prazo (com métrica de desempenho e crescimento claros), desconhecimento de aspectos culturais, econômicos e de negócios do local de destino e, sobretudo, carência de habilidade em negócios internacionais.

 

  1. Essas barreiras são diferentes dependendo do país de destino? Se sim, por quê?

As barreiras são diferentes sim, tanto na forma quanto no conteúdo, o que pode tornar sua execução mais arriscadas. Riscos de descontinuidade operacional, colapso econômico financeiro e “investment downgrade” são alguns exemplos. Para reduzir esses efeitos é preciso considerar um modelo denominado PANGER (Político, Ambiente de Negócios, Geográfico/Logístico, Econômico e Regulatório). Com o monitoramento desses aspectos é possível fazer uma seleção e reconhecimento de oportunidades e exposição mais assertivas nos novos mercados.

 

  1. O que as startups podem fazer para ultrapassar essas barreiras?

Criar uma cultura “Born Global“, que significa, em termos práticos, aplicar uma estratégia ativa de envolvimento com novos mercados, criando um ambiente de captura de oportunidades.

 

  1. Quais são os pré-requisitos para um startup iniciar o processo de internacionalização?

Ter uma cultura de negócios internacionais, contar com uma visão estratégica dos fundadores, dispor de um time com habilidades para adaptar o negócio a um novo mercado e dispor de investidores para auxiliar a startup nesse processo. Sem isso, será infrutífera qualquer iniciativa, pois haverá muito esforço, com baixos resultados.

 

  1. Na sua visão, como o StartOut auxilia as startups que buscam se internacionalizar?

Muitas empresas/startups têm o seu primeiro envolvimento com um mercado internacional por meio do StartOut Brasil. Com o programa, há um processo supervisionado de interação, que é fundamental para os empreendedores. Eles podem inclusive contar com diversos serviços de preparação e monitoramento de oportunidades. Porém, alerto que o foco dos negócios deve ser na execução de todo planejamento montado.

 

  1. Quando uma startup é considerada internacionalizada?

Existe um arsenal infindável de estratégias de negócios internacionais, que vai de exportação direta e indireta, passando por projetos TournKey, Joint Venture, M&A e os famosos IPO´s. Por isso, ela pode ser internacional quando consegue monitorar, selecionar e capturar oportunidades, transformando-as em expansão operacional e aumento do seu valor de mercado.

 

  1. Como a mentoria pode ajudar as startups a ultrapassarem as barreiras da internacionalização?

É fundamental buscar por vivência prática e o processo de mentoria traz a possibilidade de troca de conhecimento importantes nesse campo. É vital que o empreendedor esteja disposto a assumir responsabilidades com a execução do que é proposto. Cada vez mais mentores e mentorados serão cobrados e avaliados por resultados práticos com mudanças reais de patamar de negócios.

 

  1. Pode nos contar um pouco da sua experiência como mentor do StartOut Brasil?

Participo do programa desde seu surgimento, como avaliador e mentor das missões na Argentina, França e, recentemente, Canadá. Mentorei empresas de Blockchain, Biotecnologia e Alimentos. Tem sido uma troca profissional valiosíssima e temos sido procurados para desenvolver outros trabalhos, sobretudo nos EUA, Canadá e Ásia.

 

  1. Teve alguma startup em especial que lhe chamou a atenção? Por quê?

A Biosolvit é um case muito interessante no seguimento de Biotech, uma empresa de menor porte, mas com elevado valor de mercado, a qual já participou de diversos ciclos do StartOut e hoje tem nossa assessoria num projeto no setor de O&G no Canadá.

 

Para finalizar, sempre ressalto que o Brasil não é para amadores e que o mundo não perdoa os aventureiros, portanto é mandatório que se encare negócios internacionais com disciplina e foco, para que, de fato, tenhamos mais empresas com relevância global.

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