A Kryptus, única empresa brasileira que possui equipamentos com certificações internacionais e nacionais na área de criptografia, anunciou mais uma conquista: um investimento de R$ 20 milhões do Fundo Aeroespacial. A startup é considerada graduada pelo StartOut Brasil – já participou dos ciclos Berlim, Miami e Santiago.
Para saber mais sobre essa startup que não para de crescer, entrevistamos seu Diretor Executivo, o Doutor Roberto Gallo. Segundo ele, o sonho de levar a tecnologia para todo o planeta ainda não terminou, mas já está encaminhado.
- Conte sobre a trajetória da startup. Quando vocês começaram?
A empresa foi fundada em 1º de maio de 2003 com objetivo de fazer uma segurança da informação séria e com tecnologia de nível mundial. Porém, nossa trajetória pode ser dividida em várias fases. Na primeira, que vai de 2003 até 2009, a startup estava focada nas áreas de inteligência e infraestrutura de chaves públicas.
A partir de 2010, a Kryptus ampliou seus horizontes e entrou com mais afinco na área de defesa, conquistando diversos programas das forças armadas. Em 2015, no entanto, percebemos que o mercado estaria passando por uma nova recessão e decidimos diversificar a atuação da empresa.
Iniciamos então um processo de captação de recursos, que nos levou a primeira rodada de investimentos, permitindo que adaptássemos nossos produtos para o mercado Enterprise e internacional. Entre 2016 e 2020, a empresa passou por uma grande expansão em negócios internacionais.
- O que faz a Kryptus? Qual é o diferencial da startup?
A empresa se especializou em defesa cibernética e criptografia, tendo construído diversas plataformas tecnológicas de nível global. Ela é a única companhia brasileira que possui equipamentos com certificações internacionais e nacionais na área de criptografia, por exemplo.
- Como o StartOut Brasil ajudou a Kryptus?
O mercado internacional sempre foi um objetivo da empresa. O StartOut Brasil nos ajudou muito a amadurecer e a ter uma melhor percepção de mercado na América do Norte, Europa e América do Sul.
- Com qual intuito você se inscreveu no programa? Conseguiu atingi-lo?
Para nós, o principal objetivo ao entrar no programa foi obter canais nos países de destino. O tipo de negócio que a empresa desenvolve demanda muita confiança por parte dos clientes e, por isso, é importante que canais confiáveis sejam estabelecidos. Tenho certeza de que o programa nos ajudou muito nesse sentido.
- O que te fez participar de três ciclos do StartOut Brasil?
Participamos de três ciclos, pois eles miravam continentes diferentes e, portanto, mercados que se diferem bastante em termos de governança e requisitos.
- Atualmente, qual é o estágio da startup?
A empresa, pode se dizer, já é madura. Está em estágio de crescimento acelerado, porém sustentável.
- Recentemente vocês receberam um investimento. Pode falar sobre isso? Quem fez o aporte? De quanto foi? Para que será usado?
Sim, recebemos um aporte de R$ 20 milhões do Fundo Aeroespacial, que possui cotistas importantes, tais como Embraer, Finep, BNDES e Desenvolve São Paulo. Os recursos serão utilizados, majoritariamente, para adaptação da linha de produtos para os mercados globais e para os times comerciais brasileiro e no exterior.
- O que você almeja para o futuro da sua startup?
O nosso sonho é levar tecnologia brasileira para todo mundo. Simples assim, mas também muito difícil, somente possível com ajuda de muita gente, dentre elas a Apex, pelo qual agradeço muito.