Em 2020, a aceleração dos processos de digitalização de serviços fez com ataques cibernéticos se tornassem a principal ameaça aos negócios. Segundo dados da pesquisa Digital Trust Insights 2020, da PwC (network de firmas independentes), a situação intensificou o investimento em segurança na área. Diante desse cenário, a Kryptus, multinacional brasileira provedora de soluções de segurança cibernética, conquistou novos contratos e atingiu faturamento recorde.
O diretor de cibersegurança da startup multinacional, Rafael Cividanes, confirma que o aumento dos ataques cibernéticos durante a pandemia acelerou os investimentos em transformação e segurança digital. “A procura por companhias como a nossa cresceu muito. Consequentemente, atingimos um faturamento recorde, superando todas as metas estipuladas para o ano”, comenta.
O maior volume de trabalho fez com que a startup expandisse a sua atuação. Além da reativação do escritório de Brasília, a Kryptus abriu sedes em São Paulo e na Suíça. Outra mudança foi em relação ao número de funcionários: ao longo do ano, a equipe dobrou de tamanho.
Com este avanço, a empresa aumentou sua visibilidade e foi nomeada pela Tracxn, empresa de pesquisa em inovação, como um dos 22 “minicórnios” brasileiros (ou seja, startup em fase de tração com grande potencial de desenvolvimento). “Este levantamento é feito por uma instituição neutra, independente e que está muito antenada ao que acontece no mercado. Por isso, é muito gratificante estar entre as startups listadas”, afirma Cividanes.
Expansão dos negócios
A Kryptus iniciou seu processo de expansão com o programa StartOut Brasil, do qual participou dos Ciclos Berlim (2017), Miami (2018) e Santiago (2019). Durante os ciclos de internacionalização, a startup pôde conhecer melhor as características de negócios dessas localidades.
“No caso do Chile, especificamente, o programa foi muito importante para ratificar o conhecimento do mercado local. Com isso, conseguimos fechar contratos e crescer em termos de parcerias e canais”, relembra.
Atualmente, a Kryptus atende clientes dos setores público e privado e opera em países da América Latina, Europa, Oriente Médio e África.
Sobre a Kryptus
Fundada em Campinas (São Paulo), em 2003, a Kryptus conta com um portfólio de clientes composto por instituições como BSH (subsidiária da BOSCH Gmbh), Claro Brasil (Grupo América Móvil), iFood e Embraer. Atende também a Marinha do Peru; o Exército da Colômbia; o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil; a Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o Ministério das Relações Exteriores; e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Recentemente, a startup iniciou um processo de exportação de tecnologia brasileira para o setor de cibersegurança global. Segundo Cividanes, isso foi possível graças à oferta de soluções nacionais adaptáveis às demandas do exterior, à internacionalização da empresa e ao aporte de R$ 20 milhões recebido do Fundo Aeroespacial – formado por Embraer, BNDES, Finep e Desenvolve SP.
Em 2020, a Kryptus tornou-se a primeira empresa brasileira a ter o módulo criptográfico de hardware (HSM) com certificação FIPS 140-2, que atesta a qualidade e segurança do produto e iguala a startup aos principais líderes globais de produtos criptográficos.