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Graduada, Reciclapac conta sobre sua trajetória no StartOut Brasil

Após passar por Buenos Aires e Berlim, a Reciclapac, empresa especializada no desenvolvimento de tecnologias de embalagens para logística reversa otimizada, está caminhando para seu terceiro ciclo do StartOut Brasil. Desta vez, a startup irá para Boston.

Para conhecer um pouco mais da Reciclapac e descobrir o que o programa agregou para a startup, fizemos uma entrevista com Rogério Junqueira Machado, CEO da empresa. Confira a seguir o que nós descobrimos:

  1. Conte sobre a trajetória da sua empresa. Quando vocês começaram?

Focada em sustentabilidade e reuso de embalagens da indústria automotiva, Reciclapac começou em 2013 dentro da Cietec, incubadora da USP. Porém, depois de desenvolvermos e patentearmos uma embalagem para logística reversa, criamos uma plataforma de IoT para gestão logística, acarretando a mudança do perfil da empresa para uma empresa de tecnologia e logística inteligente.

 

  1. O que faz a Reciclapac? Qual é o diferencial da startup?

A Reciclapac incorpora o processo logístico dos clientes na plataforma, gerando visibilidade em tempo real de ativos que se movem na indústria, como embalagens retornáveis, equipamentos de alto valor e cargas controladas. Com a startup é possível reduzir investimento em ativos e otimizar o tempo.

 

  1. Conte sobre a sua experiência no StartOut Brasil.

O StartOut é uma fantástica preparação para a internacionalização de startups. O programa oferece um forte treinamento, com geração de excelentes conexões que possibilitam alavancar negócios.  Iniciamos com uma mentoria de profissionais de ponta que culmina em uma semana de muito trabalho no país escolhido, com uma agenda intensa, produtiva, organizada por profissionais muito dedicados, seguida de um acompanhamento próximo após o programa.

 

  1. Após dois ciclos e a caminho do terceiro, o que você pode perceber de diferença entre cada um deles?

Cada país tem suas peculiaridades e pode contribuir com diversos benefícios, por exemplo, novos clientes, investidores, contatos, fornecedores, ou simplesmente com o processo de preparação para internacionalização. O programa abre a mente dos empresários para pensar em negócios fora do Brasil.

 

  1. O que cada um dos ciclos que participou agregou para a startup?

Em Buenos Aires, por incrível que pareça, um empresário argentino nos forneceu um contato de uma empresa no Brasil, na qual sua tecnologia não funcionou, mas que entendia que a nossa funcionaria.  Bingo! Fizemos a Prova de Conceito e desenvolvemos o projeto Cavaletes Inteligentes, com a Cebrace, do grupo Saint Gobain, uma grande empresa que temos a honra de atender.  Em Berlim participamos de uma feira de tecnologia e constatamos que nossa plataforma era inovadora também lá, no país da indústria 4.0.

 

  1. Com qual intuito você se inscreveu no programa? Conseguiu atingir seu objetivo?

O intuito foi caminhar em direção à internacionalização.  Estamos progredindo em relação ao nosso objetivo na medida que estabelecemos parcerias com fornecedores e clientes potenciais em outros países.  Entendo que estamos no caminho certo, pois nosso trabalho está sendo reconhecido em outros países e já foi até matéria do principal jornal de economia da França, o Los Echos, que tratou sobre nosso trabalho com o grupo Saint Gobain.

 

  1. O que Boston tem a agregar para a startup?

Esperamos conhecer melhor como funciona para se criar uma empresa nos Estados Unidos e captar investimentos, visto que temos interesse de liberar nossa plataforma lá.

 

  1. O que você almeja para o futuro da sua startup?

Estamos desenvolvendo uma plataforma multilíngue para que as empresas possam usar nossa plataforma de forma intuitiva e com custo competitivo em qualquer país que tenha a infraestrutura adequada de conectividade das coisas. Entendo que isso vai facilitar o acesso à plataforma e beneficiar mais clientes.

 

  1. Quantos clientes possui atualmente? Tem algum case de sucesso?

Nós temos alguns casos de sucesso, como o da Cebrace, com os cavaletes inteligentes; o da indústria automotiva, de embalagens inteligentes, no qual destacamos a GM, parceira que está nos apoiando no desenvolvimento desde 2016. Agora estamos abrindo frentes em outros setores, como gestão de equipamentos, gestão de ferramentas da indústria, gestão de cargas da indústria de medicamentos etc.

 

  1. Acrescente o que achar necessário.

Programas como StartOut Brasil são necessários para que os empresários brasileiros se preparem para conquistar negócios em uma economia global. Quando se fala em transformação digital, vejo que os brasileiros não ficam atrás de país algum, pois a tecnologia está disponível e o que importa é como você a utiliza para resolver problemas.

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