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Com presença em crescimento, segmento de tecnologia está de olho no talento feminino

“Como mulher na área de tecnologia, no começo era comum que me sentisse preenchendo cotas. Por isso eu sempre me esforcei muito mais, senti a necessidade de entregar muito mais no trabalho, para provar que não era verdade”, compartilha com naturalidade Maria Paula Castro. Ela atua como head de inovação da Ecotrace há aproximadamente um ano, mas já vive no contexto há dez anos e tem muita história para contar. 

Sua atitude quanto à construção de sua identidade profissional não é incomum no mercado de trabalho entre mulheres. Mas Maria Paula, que participou do Websummit com a delegação do StartOut Brasil no Ciclo Lisboa de 2021, relata que, a cada ano, tem notado um número maior de profissionais do sexo feminino nos eventos que comparece.

“Essa perspectiva que podemos testemunhar nos encontros de startups é encorajadora. As mulheres podem ser programadoras tão competentes quanto os homens e é emocionante ver de frente o setor buscando essas profissionais.”

Maria Paula Castro, head de inovação da Ecotrace, participou do Websummit com a delegação do StartOut Brasil

Atualmente, ela assumiu a função de “arrumar a casa” na Ecotrace. Ela explica que, na prática, significa buscar soluções e estratégias para que o planejamento da empresa funcione sem percalços. Tanto para o atendimento de seus clientes quanto relacionado a processos internos. 

No começo, ela confessa: “eu não entendia nada de agro. Mas a equipe me chamou para tratar da inovação enquanto eles já conheciam bem o setor. Na época, pensei que precisaria lidar com grandes desafios por ser um segmento tradicional no Brasil, mas a surpresa foi boa. Tem muita novidade na área.”

A Ecotrace se compromete a garantir rastreabilidade do campo ao prato, estabelecendo relações de confiança em todos os elos da cadeia – do produtor ao consumidor. Das 23 pessoas da equipe completa, 9 são mulheres. Do grupo de programadores, apenas uma é mulher. 

Crescer e diversificar o time

“Quando entrei, eu fui a segunda mulher da empresa. Tenho tocado muito nessa tecla de diversificar o time, principalmente agora que estamos crescendo. Não falando somente de mulheres, mas de construir uma equipe diversificada em todos os sentidos”, diz a profissional. 

Segundo ela, mesmo com os esforços da área de recrutamento, a proporção de interessados nas vagas de programação é desigual. “Recebemos uma quantidade muito maior de currículos de homens, isso é indiscutível. Como o mercado ainda não oferece as mesmas proporções de profissionais de ambos os gêneros, mesmo em posições iniciais, elas provavelmente são absorvidas por empresas maiores, cujos processos seletivos chamam mais atenção do que o nosso, por enquanto”, diz. 

Quanto à sua participação no Ciclo Lisboa 2021 do StartOut Brasil, Maria Paula comenta que, tanto a iniciativa quanto a prática atual da empresa ficou por conta dela. Além disso, dos dois parceiros comerciais portugueses com quem está em processo de negociação, uma é mulher. “Esta proporção é de 50%!”, brinca a profissional.

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