Famoso no ecossistema de startups, o “pitch de negócio”, ou apenas “pitch”, é uma apresentação curta e direta, que dura, dependendo da situação, entre 30 segundos – street pitch; 1 minuto – elevator pitch; e demoday – 3 minutos, 5 minutos ou 8 minutos. Essa apresentação pode ser sobre a empresa ou determinado projeto desenvolvido por ela, com objetivo de apresentar aos ouvintes, seja um investidor, parceiro ou cliente. De modo criativo e dinâmico, geralmente, os empreendedores que estão iniciando sua empresa utilizam essa apresentação para apresentar seu projeto com uma oportunidade de negócio de muito sucesso.
Essa apresentação resume todas as informações essenciais sobre a empresa e seu modelo de negócio, sendo o pontapé inicial para o desenvolvimento de uma grande oportunidade de negócio de sucesso, seja uma parceria ou um investimento essencial para o crescimento do empreendimento. Sendo assim, dominar o pitch é crucial para a estratégia do empreendedor.
Para construir um pitch bem estruturado, algumas considerações são necessárias, tais quais:
- Apresentar as soluções que a empresa traz para solucionar determinado problema;
- Detalhar, mesmo que de forma sucinta, o negócio;
- Enfatizar os diferenciais competitivos;
- Apresentar a equipe;
- Trazer projeções para o futuro do negócio.
Pitch internacional
Ao definir uma estratégia de expansão do negócio para outro país, o pitch também deve ser redefinido. Para que a apresentação seja bem-sucedida, no entanto, é essencial levar em consideração as nuances culturais do país de origem, estabelecendo uma abordagem cuidadosa para garantir que a mensagem chegue de forma clara ao público internacional.
Para entender melhor sobre o tema, conversamos com Claudia Wilson, CEO na BeezStudio, e mentora no Startup OutReach Brasil. De acordo com a executiva, “no pitch internacional, recomendo sempre identificar qual a cultura do ouvinte. Por exemplo, os orientais preferem que no slide tenha escrito o que se fala. Para os ocidentais isso é um slide ‘poluído’ e eles preferem apresentações que tenham apenas os pontos principais que serão falados, um slide clean”, pontuou.
“Além disso, gosto de sugerir um cuidado com cores e símbolos/imagens. Dependendo da cultura, podem ser inadequados ou ofensivos”, enfatizou. A executiva também comentou sobre uma boa estratégia de storytelling. “Dependendo da plateia, o cenário apresentado pode não ser adequado à realidade do país no qual se está apresentando o pitch. Sendo assim, esse recurso de storytelling é utilizado para que o ouvinte entenda o cenário, ou para soluções disruptivas e inovadoras”.
Claudia reforça não ser estratégico dedicar muito tempo com o storytelling ou com o problema a ser solucionado pela empresa, quando se trata de um cenário já conhecido pelos ouvintes, sendo mais assertivo utilizar o tempo para explorar a solução desenvolvida pelo negócio e o tamanho de mercado que a ferramenta será endereçável.
Ela explica, por fim, que o pitch internacional tem que ser estruturado considerando cinco pontos essenciais, sendo:
- Quem será o ouvinte da apresentação;
- Qual o objetivo do pitch;
- Quanto tempo terá o pitch;
- Repetir a informação até que ela seja dita de forma fluida;
- Sorrir ao finalizar, afinal, o seu projeto com certeza é o melhor.
Para finalizar, aprimorar um pitch internacional requer diversas considerações, a fim de garantir que a mensagem seja clara, persuasiva e adaptada ao público-alvo internacional. Sendo assim, ao seguir essas estratégias, o empreendedor estará melhor posicionado para apresentar seu negócio ou produto de forma eficaz em mercados internacionais.