A Biosolvit, participante dos ciclos Paris, Lisboa e Santiago do Startup OutReach Brasil, venceu a competição de pitch da Gitex North Star 2022, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, que ocorreu em Dubai, de 10 a 13 de outubro.
Além da premiação da competição de pitch, a startup também conquistou uma licença de operação de um ano na cidade de Masdar, considerada a cidade do futuro, a 30 minutos da Capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi. “O Gitex é o evento mais importante para negócios inovadores do mundo oriental. Estar lá e vencer a competição nos rendeu uma grande visibilidade na região e, inclusive, já estamos em uma negociação avançada para trabalhar com uma empresa de lá”, compartilha Guilhermo Queiroz, CEO da startup.
A Biosolvit é uma empresa de biotecnologia que se dedica a encontrar destinos mais nobres para toda a biomassa tradicionalmente desperdiçada dos processos produtivos. “Começamos com uma empresa que produzia palmito em conserva, onde vimos que, de uma palmeira, somente era aproveitada uma porcentagem mínima, o resto era jogado fora. Decidimos nos esforçar para utilizar toda a matéria prima para diferentes finalidades”, diz o empreendedor. Junto a seu sócio, o biólogo Wagner Martins, encontraram soluções para o aproveitamento completo da palmeira, o que iniciou seu trabalho juntos e eventualmente foi criada a startup.
Apoiando cientistas e soluções mais sustentáveis
Hoje, os empreendedores trabalham em três frentes: industrialização de produtos destinados à jardinagem, à proteção das águas, e pesquisa e desenvolvimento. “Atualmente, a ciência de base no Brasil é muito mal gerida. A grande maioria da pesquisa científica realizada acaba em papers que nunca se transformam em produtos. Por isso, financiamos projetos e apoiamos cientistas para que eles tirem suas ideias do papel e consigam entrar no mercado.”
No entanto, sua solução de maior destaque é a de proteção das águas. A startup trabalha com um produto feito a partir de um biopolímero capaz de absorver o petróleo acidentalmente derramado na água do mar. O composto consegue separar o óleo da água pela sua diferença de densidade e comportamento, resgatando somente o que deve. Além disso, garante o reaproveitamento de 95% do material coletado, grande diferencial das soluções semelhantes existentes no mercado.
Atualmente, a startup já tem operações em Portugal, Estados Unidos, Argentina, Peru, Arábia Saudita, Espanha e França. “Nos estabelecemos na França e Portugal com todo o apoio do OutReach e, nos próximos meses temos reuniões com profissionais no Chile que conhecemos por meio do programa. Ele oferece todo o suporte necessário para que possamos internacionalizar nossas soluções”, finaliza o empresário.