A COGTIVE, indtech participante do ciclo Chicago do Startup OutReach Brasil, acaba de vencer a competição de pitch da 1871, principal incubadora e aceleradora de startups da região da capital de Illinois, nos Estados Unidos. Ao todo, a startup recebeu cerca de 50 mil dólares, incluindo seis meses de associação na instituição.
“Fomos a única empresa brasileira na final da competição e ainda tivemos que apresentar nosso pitch remotamente, sem participar de toda a energia do ambiente, então foi um desafio a mais. Vencer esse prêmio significa que realmente temos uma solução atraente para o público internacional. Agora temos um endereço oficial em Chicago e podemos fazer negócios por lá”, comemora Reginaldo Ribeiro, CEO da startup.
Como se não bastasse, a COGTIVE também conquistou o Top 10 de Indtechs pelo terceiro ano consecutivo do 100 Open Startups – este ano, no entanto, em uma colocação que garantiu sua posição no ranking geral.
Reginaldo comenta que “nasceu no ambiente industrial”, desde a infância já convivendo com essa realidade nos negócios da família. “Quando temos contato com o chão de fábrica, fica evidente que, independentemente do tipo de indústria, a carência de tecnologia para apoiar os gestores na tomada de decisão é imensa”, explica.
Para sanar essa necessidade, o CEO criou a COGTIVE, startup que utiliza IoT (Internet das Coisas) e Inteligência Artificial para coletar dados no chão da fábrica e identificar oportunidades, gargalos, reduzindo custos e otimizando estoques, possibilitando que fábricas desbloqueiem sua capacidade oculta e alcancem sua máxima performance.
“Com o uso restrito de processos analógicos, é esperado que empresas tenham pelo menos 30% de capacidade não utilizada. Portanto, fazemos nosso trabalho para que elas, ao invés de precisarem expandir sua operação para outras fábricas e investir montantes expressivos nisso, possam produzir mais com o que elas já tem”, diz o empresário.
Processo de expansão internacional da COGTIVE
Sua solução já foi comprovada e a demanda internacional surgiu organicamente. Até então focados no mercado nacional, foram procurados em março deste ano por uma indústria farmacêutica da Jordânia, no Oriente Médio, para uma apresentação. “A gente nem sabia como trazer dólar para o Brasil”, conta.
Com o negócio fechado por conta própria, o empreendedor comenta como foi o processo. “Senti na pele o trabalho gigantesco que é fazer isso sem apoio de um programa como o OutReach. Já no ciclo em Chicago, a equipe nos ajudou em cada etapa, nos colocou em contato com pessoas interessadas e potenciais parceiros, além de nos incluir na competição de pitch da 1871. Nem pensávamos em levar nosso negócio para os Estados Unidos neste momento, mas o trabalho foi fantástico.”
Segundo o empreendedor, o selo de vencedora da competição trouxe o reconhecimento de pessoas do ecossistema que facilitarão seu estabelecimento na região de Chicago. “Somos abordados por completos desconhecidos para nos parabenizar pela nossa iniciativa em um mercado conservador como o de chão de fábrica. Esperamos ter grandes novidades para o futuro”, finaliza.